Leia matéria da 'Revista Paisagismo em Foco' com a diretora da Preserva Mundi, Romina Lindemann
Dicas de Profissionais, por Romina Lindemann - Dê adeus ao veneno
Belos jardins repletos de flores, folhas e.... produtos tóxicos! Por muito tempo os inseticidas químicos tem sido a principal arma dos paisagistas para o controle de pragas nos jardins. Além dos problemas para a saúde - tanto de quem frequenta o local quanto de quem manuseia o produto - os pesticidas desequilíbram também o meio ambiente já que o veneno mata os insetos de forma indiscriminada, eliminando também abelhas e borboletas. Mas, assim como na agricultura, a demanda por uma plantação orgânica e natural tem crescido no paisagismo.
O manejo ecológico dos jardins é um pedido cada vez mais frequente entre os clientes que encomendam projetos paisagísticos e um diferencial competitivo para as companhias que se prepararam para ofertar um serviço que passa longe de produtos químicos. É o caso, por exemplo, da Burle Marx e Paisagismo LTDA. A companhia, fundada em 1955 por Roberto Burle Marx no Rio de Janeiro - vem usando desde o início do ano um óleo vegetal extraído de uma árvore indiana - a Azadirachta Indica, também conhecida como neem, - na manutenção de seus projetos.
O óleo de neem combate desde pequenas cochonillas que infestam as bromélias dos jardins até insetos maiores com a mesma eficiência dos agrotóxicos. Mas, ao contrário dos inseticidas químicos, o óleo do neem é biodegradável e atua apenas no sistema hormonal do inseto inibindo o desenvolvimento de ovos e larvas. Somente insetos que se alimentam de plantas são afetados pelo neem. Quem fornece o óleo para a empresa é a Preserva Mundi, que cultiva a árvore há cinco anos na região de São João de Pirabas, interior do Pará, em parceria com as comunidades ribeirinhas do local. Segundo a gaúcha Romina Lindemann, sócia da empresa, o estado foi escolhido porque tem temperatura e umidade que favorecem o plantio. Além de clientes na área de paisagismo, a empresa também fornece neem para outros 75 produtores rurais em todo País. "Nossas vendas tem crescido 45% ao ano", diz. Hoje a fazenda, localizada a 200 km de Belém, possui 150 mil árvores. E tudo delas é aproveitado - do principio ativo se produz desde repelentes de insetos e carrapatos para serem usados em casa e nos animais domésticos à sabão para o combate à piolhos nas escolas estaduais da região. " Acreditamos que o uso de defensivos naturais tem tudo para crescer no Brasil. Quem ficar fora desta tendência vai perder mercado, não importa em que área", diz Romina.
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